Quer ser famoso? Quer fazer sucesso? Ganhar dinheiro e estar sempre na mídia?
Simples, pague o pedágio ideológico, defenda minorias, mesmo sem uma reflexão aprofundada sobre o tema, ponha-se a defesa das mulheres em detrimento dos homens, diga ser a favor do amor independente da forma que ele seja, faça tudo isso, mas aconteça oque acontecer não emita opiniões conservadoras.
Atualmente o pedágio ideológico é gigantesco, nenhuma pessoa em posição de formador de opinião e influenciador pode demonstrar ter uma opinião conservadora sem ser atacado por seus colegas de trabalho, ou até mesmo pela grande massa de "justiceiros sociais", a janela de Overton está (no que se refere a mídia tradicional) totalmente fechada ao conservadorismo, tanto que a grande maioria da população ainda que conservadora, nem mesmo entende oque significa o termo conservador e conservadorismo.
Este problema do pedágio ideológico esta atrelado ainda a outro problema, um problema tão antigo que remonta aos tempos de Sócrates, o problema onde alguém por ser famoso e considerado em seu oficio dá livremente sua opinião ainda que infundada sobre os mais diversos assuntos, e o que é pior fazendo assim formam a opinião das massas.
EM QUE CONSISTE O PEDÁGIO IDEOLÓGICO
O pedágio ideológica parte do pressuposto de que as pessoas que falam na mídia influenciam e formam a opinião das massas, uma vez que uma corrente ideológica domina ou pretende dominar por completo a cultura das massas entende-se que seja necessário dominar quem fala às massas, ou seja, quem está na mídia. E esse domínio é feito por meio de técnicas de exclusão e de assassinato de reputação, a fim de prejudicar a carreira do influenciador alvo que não se submete a ideologia dominante. Por outro lado enaltecendo aqueles influenciadores e formadores de opinião que reforçam as premissas da ideologia , assim alavancando sua carreira.
Infelizmente muitos bons artistas, com medo de serem "cancelados" acabam cedendo a essa pressão.
COMO ISSO SURGIU?
A origem do formador de opinião e da tentativa de controle dos mesmos é muito antiga, remonta aos tempos de Sócrates, no dialogo socrático "a republica de Platão" é inserida a ideia de que para termos uma boa sociedade devemos controlar os mitos e histórias que as crianças em formação ouviriam. E essa pequena ideia como uma semente cresceu e até hoje os frutos dessa ideia são colhidos, para o bem e para o mal.
COMO ISSO SE INSERIU NO BRASIL?
Como ja foi mencionado acima essa ideia é antiga, porem da forma como a conhecemos hoje no Brasil foi inaugurada pela esquerda em meados da década da 60, ironicamente durante o regime militar. A esquerda percebeu que por meio da militância armada não chegariam ao poder e por esse motivo adotaram a estratégia Gramsciana, da ocupação de espaços de emissão, influencia e construção da opinião popular, na tentativa de criar uma hegemonia ideológica, onde pudessem influenciar o povo para que tivessem uma cultura socialista mesmo que inconscientes disso.
Obviamente para isso precisavam não apenas introduzir seus intelectuais orgânicos em posições estratégicas, mas também suprimir as opiniões dissonantes. Isso resultou em um fenômeno: a hegemonia cultural socialista na elite falante, esse fenômeno para ser explicado necessita de dois conceitos...
MOVIMENTAÇÃO DA JANELA DE OVERTON E ESPIRAL DO SILÊNCIO
Para chegarmos no ponto de hegemonia cultural que observamos hoje a esquerda necessitou movimentar a janela de Overton para a posição desejada, janela de Overton nada mais é que uma forma de classificar aquilo que é ou não aceito na sociedade, como ilustra a figura abaixo.
A posição inicial dos brasileiros na maioria dos assuntos tais como aborto, casamento de pessoas do mesmo sexo e liberação das drogas, são opiniões e posições conservadoras, e por este motivo a esquerda precisou mudar a janela de Overton gradativamente para uma posição progressista, ainda que a maioria da população não concorde com a elite falante, por terem experiências práticas de vida, o fato é que uma hegemonia ideológica na classe falante pode trazes danos terríveis até mesmo à população mais simples. Visto que se não houverem vozes que consolidem e propagem a cultura popular, os populares não terão meios de reafirmar suas convicções e se reconhecerem como participantes da cultura nacional ou mesmo local, fazendo com que estejam em constante estado de dissonância cognitiva e os lideres intelectuais conservadores entrem em uma espiral do silêncio fabricada, não espontânea, não orgânica e natural do debate publico, mas artificial e criada por meio de pressão e assassinato de reputação.
E todos sabemos que um debate publico com apenas uma opinião vigente não é debate é consenso, e no que se refere a intelectualidade o consenso nunca é benéfico, pois uma teoria que não é confrontada por pontos de vista divergentes atrofia e não evolui.
CONCLUÍMOS QUE...
Para que tenhamos um debate publico saudável devemos ter no mínimo duas correntes de pensamento ativas e falantes. E para isso ocorrer a hegemonia ideológica não pode existir obviamente, assim como a cultura do cancelamento aliada ao pedágio ideológico devem parar de existir. Mas como combater algo que pode ameaçar até mesmo o bem mais primário que alguém pode ter? (sua fonte de sustento).
Devemos então apoiar e consumir a produção cultural daqueles que o Estamento Burocrático tenta sabotar e fazer pagar pedágio ideológico, e devemos da mesma forma mostrar nossa indignação aos formadores de opinião que da noite para o dia mudam sua forma de agir e de ler o mundo, por cederem á pressão do politicamente correto e que acabam aceitando pagar o pedágio ideológico.
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