COMENTÁRIO SOBRE O NOSSO SALVE AOS MONARQUISTAS

 



    Fizemos também no dia 07 de setembro deste ano, da ocasião de reproduzirmos o Hino da Independência em toda a beleza e formosura de sua letra e melodia instrumental, uma oportunidade para saudarmos os monarquistas.

    Lembramos que Dom Pedro I foi o autor da composição da letra, juntamente a Evaristo da Veiga e comentamos sobre o papel de nosso Imperador, bem como da tradicional instituição política da Monarquia em relação a nosso amado e glorioso país. 

    Ambos foram importantíssimos na afirmação de nossa independência e na manutenção de nossa unidade territorial. A experiência histórica, embora não se repita costuma rimar - assim diz um ditado. Assim temos que embora não haja qualquer determinante desse processo, podemos afirmar que existe sim uma tendência. Desta forma pensamos ao observarmos o caso de nossos vizinhos latino-americanos, que de grandes repúblicas acabaram em cismas regionais que dividiram e enfraqueceram nações como a Gran-Colombia, por quem Bolívar tanto sonhou e lutou. Ele próprio aliás, antes de ser tido como herói, foi perseguido por seus ex-correligionários, pois os regionalistas o consideraram uma pedra no sapato de seus interesses particularistas.

    A república, por seu caráter demasiadamente de produto da deliberação de supostos iguais, cria instabilidades em relação ao poder, e impede construções políticas e sociais de longa duração. Não há a mesma reverência à tradição, à religião e a um relacionamento com o monarca em termos paternais. Sem ingenuidades, é claro, pois pode haver maus monarcas que não vêem seus súditos dessa forma, mas este é ao menos se não o mais, é um dos modelos mais eficazes de como a relação entre governantes e povo deveria ser - porque encontra eco na estrutura familiar, a qual é a realidade imediata e tradicional dos seres humanos. Tradição essa que não é em vão ou produto do acaso, mas orgânica, natural e para quem crê, mandamento divino. 

    Opositores criticam atualmente a monarquia por ter-se realizado a independência de nosso país nos termos das elites agrárias escravocratas de quem Dom Pedro I recebeu apoio. Lamentamos nosso passado escravista, e não sabemos ainda dizer se o Imperador foi favorável ou não ao escravismo - ao menos nos parece que não durante o Segundo Império, devido às ações de libertação de negros nesta condição nas propriedades reais e também a leis abolicionistas. Essa postura seria indicativa de que a monarquia nesta fase só não teve a coragem de romper com o sistema por temer a sua própria queda.
Com tudo isto, apesar do fator escravista, reiteramos que a monarquia foi essencial na manutenção de nosso território e que se não conseguimos eliminar algumas desigualdades, nossa unidade nos permitiu havermos nos tornado uma comunidade mais ampla e respeitada, além de o fato de sermos uma das grandes economias pode ser o ponto de partida para melhorias que tornem nossas relações menos díspares. 

    A monarquia pode ter seu caráter conservador abalado na prática, tal como vem acontecendo no Reino Unido com a introdução das políticas favoráveis ao multiculturalismo e outras agndas que rejeitamos (Boris Johnson e o Brexit surgem nesse contexto como um alívio e sinal de que ainda se pode ter esperança). Mas o nosso abraço fica portanto a todos os que vêem esses pontos positivos nesta instituição como representante ainda mais fiel do conservadorismo no caso de nosso país.

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